O programa Pânico da rádio Jovem Pan entrevistou hoje (18) o deputado do Amazonas, Fausto Jr. (MDB), que em junho deste ano foi ouvido pela CPI da Covid, no Senado Federal.
Na abertura do programa, Fausto foi chamado de “o deputado que peitou Omar Aziz’, que é o presidente da CPI no Senado. O deputado relembrou as crises provocadas pela primeira e segunda ondas da Covid no Amazonas, e disse que, no momento, a pandemia está quase superada no Estado.
Entrevistado por Emílio Surita, Daniel Zukerman e Samy Dana, o deputado falou sobre queimadas no sul do Amazonas, a importância da BR-319 para o Estado e o combate ao tráfico de drogas na fronteira do Amazonas.
Fausto falou também sobre a compra superfaturada de respiradores hospitalares numa loja de vinhos, a exploração de gás natural e as pesquisas eleitorais para o pleito de 2022.
O ponto alto da entrevista foi a participação do deputado na CPI da Covid, em junho deste ano. O apresentador Emílio Surita chegou a exibir um vídeo que mostra Fausto, na CPI, sendo ameaçado pelo senador Omar Aziz. “Estou sendo ameaçado por dizer a verdade”, disse Fausto.
O deputado relembra que foi chamado para depor à CPI porque foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou desvios na Saúde do Amazonas.
“Fui chamado para falar do meu relatório, mas não me deixaram falar. Durante meu depoimento, fui atacado e ameaçado. Eu e minha família”, relembrou.
Segundo Fausto, a CPI trouxe à tona diversas irregularidades ocorridas na Saúde do Amazonas, investigadas pela Operação Maus Caminhos, da Polícia Federal.
“No meu relatório, é impossível não falarmos de desvio na Saúde, sem citar a operação Maus Caminhos”, disse Fausto. “Nessa operação, o principal alvo foi o senador Omar Aziz, em 2016. Era ele quem comandava o esquema de corrupção. Quem disse isso foi a Polícia Federal”, afirmou.
Importância da BR-319
Ao ser questionado sobre a importância da BR-319 para o desenvolvimento do Amazonas, Fausto disse que a estrada é a única ligação terrestre do Estado com o sul do Brasil.
O deputado relembrou a dificuldade em trazer tanques com oxigênio para o Amazonas durante a crise que afetou os hospitais, no início do ano. Fausto explicou que por causa da péssima conservação da estrada, uma viagem que levaria 24 horas, demorou três dias.
“Por causa das péssimas condições da estrada, os caminhões com oxigênio demoraram a chegar. Essa demora custou a vida de dezenas de pessoas, que morreram asfixiadas”, lamentou o deputado.
Sobre as denúncias de queimadas no sul do Amazonas, Fausto explicou para todo Brasil que o Estado possui 98% de sua floresta preservada. A preservação, segundo o parlamentar, é resultado dos incentivos às indústrias da Zona Franca de Manaus.
“Quem defende a floresta, defende a Zona Franca de Manaus. Graças ao polo industrial foram criados milhares de empregos”, avaliou Fausto. “Sem os empregos, os trabalhadores teriam que explorar a floresta, como aconteceu em outros Estados”, comparou.
Veja a entrevista completa:
Com informações da assessoria