A Polícia Civil de Minas Gerais investiga denúncias de agressão e tortura contra uma menina de 9 anos na cidade de Jequitinhonha, a 690 km de Belo Horizonte. Os crimes teriam sido cometidos pela mãe e pela madrinha da criança.
As agressões foram registradas em vídeos. A mulher que grava as cenas seria uma advogada que preside uma subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Ela é tia e madrinha da criança.
A menina é chamada de “verminose” e “bicho” e fica desestruturada quando a mulher se refere a ela como “isso”. “Isso tem nome”, rebate.
Em determinado momento, a criança tem o braço torcido e grita de dor. Em outra gravação, a mãe aparece batendo na filha e ameaça: “Você vai para a casa do seu pai”.
As imagens chocantes foram registradas em março deste ano, mas só agora foram divulgadas. O Conselho Tutelar da cidade informou que somente no mês passado recebeu a denúncia sobre as violações de direito sofridas pela criança e que está tomando todas as medidas cabíveis no caso. O órgão informou, ainda, que a menina está sob a responsabilidade de parentes.
Ao abrir o inquérito no último dia 29, a Polícia Civil apreendeu os aparelhos celulares das investigadas.
Segundo a corporação, há um ano outra agressão à menina foi denunciada à Polícia Civil pela própria mãe. Na ocasião, ela acusou o pai da garota de bater nela sem motivo justificável. Os pais são separados.
Em nota, a OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais) informou que teve acesso às imagens e que vai apurar se existe, de fato, a participação de um de seus inscritos nas agressões. Se houver, a entidade tomará as providências cabíveis. A reportagem tenta contato com as investigadas. Com informações do R7.