O presidente Jair Bolsonaro avisou nesta terça-feira (5) durante discurso em uma igreja batista em Brasília que a conta do seu cartão corporativo virá “gorda” no final do mês graças a sua viagem para Nova Iorque para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
“O cartão corporativo vai chegar gordo agora, no fim do mês. Estive três dias nos Estados Unidos. Ou queria que botassem querosene no avião com dinheiro do meu bolso? Ou que pagasse hotel que pernoitei, que não custou US$ 5 mil não, como outros viajavam e pagavam US$ 5 mil a diária, não dá para ser do meu bolso”, disse.
Bolsonaro se hospedou no Intercontinental Barclay, que tem diárias mais baratas a partir de R$ 6 mil. O mesmo hotel já recebeu figuras como o ex-presidente americano Bill Clinton, o ator Marlon Brando e o renomado escritor Ernest Hemingway, informa o UOL.
A comitiva foi formada por 17 pessoas, entre elas, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Gilson Machado (Turismo), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal e filho 03, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Na viagem, em 21 de setembro, além de defender o ‘tratamento precoce’, ineficaz contra a Covid-19, e dizer que não há desmatamento na Amazônia , afirmou que o governo pagou “um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020”.
Em maio, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou a investigação sobre dados do cartão corporativo de Bolsonaro, mas não avançou.