Os caminhoneiros estão insatisfeitos com o reajuste do preço do diesel que passa a valer a partir desta quarta-feira (29). Ontem, a Petrobras anunciou que o preço médio de venda do combustível passa de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, aumento de 8,9%.
Ao UOL, Plinio Dias, residente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) disse que alguns motoristas podem parar, mas fará reunião em 16 de outubro, no Rio de Janeiro, para decidir sobre a paralisação.
“Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio”, afirmou Dias à coluna do Chico Alves. “Nossa intenção não é essa e sim sentar e dialogar pra todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país”.
Já Irani Gomes, presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG), anunciou à revista Fórum que a categoria deve deflagrar greve “a qualquer momento” contra o reajuste.
“Nós estamos pedindo para o governo, seja o federal, estadual, a Petrobras, que venha reduzir o preço abusivo que está o óleo diesel. Nós não conseguimos mais trabalhar. A corda está esticando. Estamos vendo a hora que o Brasil vai parar novamente, como aconteceu em 2018”, declara o dirigente sindical.
“Nós vamos cruzar os braços a qualquer momento se não houver nenhuma decisão referente ao preço dos combustíveis”, completa ainda.
A categoria pede que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, entrem em acordo para não repassar o preço aos consumidores. Luna afirma que a política de paridade internacional não será alterada, e Bolsonaro diz que “não interfere” na empresa.
Também à coluna do Chico Alves, o secretário nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer disse que “o fantasma da greve ronda sempre, mas precisamos evoluir pra chegar nela. É um processo”.
As informações são do IG