O ex-policial Derek Chauvin ouvirá sua sentença na sexta-feira (25) pelo assassinato de George Floyd, um homem negro cuja morte gerou as maiores manifestações em décadas nos EUA contra a brutalidade policial e reivindicando justiça racial.
A lei do estado de Minnesota estabelece uma sentença mínima de 12 anos e meio de prisão para o ex-policial branco de 45 anos, detido desde que foi condenado por assassinato há dois meses.
Mas o juiz Peter Cahill, que definirá a sentença às 15h30 (no horário de Brasília) em um tribunal de Minneapolis, identificou circunstâncias agravantes que podem indicar uma sentença muito mais severa.
O magistrado considerou que Chauvin “abusou da sua posição de confiança e autoridade”, que tratou Floyd com “especial crueldade” frente a menores e que “cometeu o crime como grupo com a participação ativa de pelo menos outros três” policiais.
Em 25 de maio de 2020, Chauvin e três colegas prenderam Floyd, de 46 anos, sob suspeita de que ele havia usado uma nota falsa de US$ 20 em uma loja em Minneapolis, uma cidade ao norte dos Estados Unidos. Ele foi algemado e imobilizado na calçada no meio da rua.
Então Chauvin se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase dez minutos, indiferente às reclamações de Floyd e dos transeuntes angustiados com a situação.
A cena, filmada com um telefone celular e colocada nas redes por uma jovem, rapidamente se tornou viral. Depois de semanas de confinamento domiciliar por causa da pandemia da covid-19, centenas de milhares de pessoas foram às ruas em todo o país e também em outros países, para exigir o fim do racismo e da brutalidade policial nos Estados Unidos.
As grandes manifestações foram acompanhadas pelo debate em torno dos problemas sociais urgentes que afetam os Estados Unidos, onde o presidente Joe Biden tenta realizar as reformas policiais que prometeu durante sua campanha. Com informações do R7.