Conciliar a maternidade e a vida profissional não é uma tarefa simples. Além de proteger a sociedade amazonense, as mães do Sistema de Segurança Pública desempenham outro papel com bravura, coragem e determinação: o de amar e educar os filhos. Mulheres que se desdobram na missão de agentes da lei; e de orientar os caminhos dos rebentos.
Exemplos, as mães policiais civis, policiais militares, bombeiras, peritas e agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) têm jornada dupla. A escrivã da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Louise Hadad, enfatiza que a pandemia trouxe dias difíceis, mas que sua filha Raíza, de 12 anos, tem sido o estímulo para enfrentar os desafios.
“Ser mãe de adolescente e ficar longe do apoio dos avós foi uma tarefa árdua. Sair de casa todas as manhãs rumo à delegacia e ser linha de frente no combate à pandemia, requer força e coragem. Mas mesmo com as dificuldades, a pandemia veio para transformar e ressignifcar os nossos verdadeiros valores. O amor que deixamos pelo caminho é o nosso maior legado”, ressaltou.
Louise também almeja ser uma mãe exemplar para Raíze. “Desejo que minha filha olhe para mim como um símbolo de garra, determinação e amor puro, pois certamente os valores que repasso e semeio serão colhidos de forma digna, em um futuro próximo”, disse a escrivã.
Jornada múltipla
Ser mãe policial é exercer várias tarefas ao mesmo tempo, prova disso é a delegada da Polícia Civil, Roberta Merly. Ela relata que um dos maiores desafios é conciliar as horas da jornada de trabalho e o tempo para cuidar dos três filhos.
“O principal desafio da profissão é encontrar um ponto de equilíbrio e ter qualidade de tempo para me dedicar aos meus filhos. Ser policial é uma correria, a nossa profissão exige muito do nosso tempo. Mas ser mãe é amar, é dar valor aos momentos especiais e também saber quando é o momento de educar,” explicou a delegada, que perdeu o marido este ano em decorrência da Covid-19.
Mesmo trabalhando de casa, a perita criminal Najara Marinho teve que superar as dificuldades da pandemia e dar conta da casa, do trabalho e oferecer atenção aos filhos de 10 e 12 anos. “Não foi fácil para eles ficarem tanto tempo em casa. Mas essa missão de ser mãe, para mim, é quebrar paradigmas. Com eles experimentei as emoções mais fortes, com eles experimentei sensações que nunca havia sequer imaginado”, contou a perita.
A 2ª tenente do Corpo de Bombeiros, Sanmya Leite, explica que também passou dificuldades devido à pandemia. Os seus dois filhos pequenos tiveram que lidar com a saudade da mãe por alguns dias. “Meus filhos são acostumados a dormir comigo. Foi bem difícil eles dormirem longe de mim, durante alguns dias. No entanto, mantive o meu entusiasmo e a fé de que é possível transformar o serviço público em um atendimento à sociedade cada vez melhor”, disse a tenente.
A cabo da Polícia Militar, Viviane Bentes, ressalta que ser mãe é aprender algo novo todos os dias. Ela, que é policial de rua, linha de frente, que atua no policiamento do conjunto residencial Viver Melhor e bairro Santa Etelvina, afirma, que além do compromisso diário de salvaguardar a sociedade, também se dedica à criação da filha. “É uma descoberta diária onde as prioridades, os sonhos, as metas não são mais só meus, e sim um conjunto de amor, cuidado e proteção”, salientou Viviane Bentes.
Com informações da assessoria