Seis internos do Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II) estão trabalhando na oficina de serigrafia da unidade prisional. Eles produzem as estampas de identificação dos uniformes dos detentos da carceragem e dos inscritos em programas de ressocialização. Os reeducandos fazem parte do grupo de trabalhadores do programa desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), “Trabalhando a Liberdade”.
A oficina funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O serviço desempenhado pelos serigrafistas consiste em transferir para os uniformes o nome e o número de matrícula de todos os internos do estabelecimento prisional. Além da pintura do kit de fardamento, eles também pintam toalhas, lençóis e bonés. No fim do expediente, entregam em média uma produção diária de 300 pinturas.
Conforme informa o diretor do CDPM II, Jean Carlo Oliveira, a expectativa é dobrar o número de serigrafistas e da produção. “Também vamos expandir os serviços para o CDPM I, e se for possível, atenderemos as demais unidades do sistema prisional”.
O diretor destacou ainda o papel da ressocialização para os privados de liberdade. “Temos como objetivo fazer os internos passarem pela ressocialização por meio do trabalho. Assim, quando eles saírem do sistema, já terão uma profissão para seguir e não precisarão voltar para a vida do crime”.
O serigrafista Hugo (nome fictício) trabalha na oficina desde dezembro, quando foi implantada no CDPM II. Ele é um dos 15 internos que participaram do curso de serigrafia ofertado pela Seap, em parceria com o consórcio cogestor CGPAM, em agosto do ano passado.
“Eu pude participar do curso e perceber como essa área tem rentabilidade. Quando terminarmos de cumprir nossa pena, podemos abrir nosso próprio negócio e viver disso”, disse o reeducando.
Com informações da assessoria