Interno cria oficina experimental para fabricar violão no CDPM2, em Manaus

Reeducandos do Centro de Detenção Provisória de Manaus II (CDPM 2) criaram uma oficina experimental de confecção de violões junto à oficina de marcenaria na unidade. A iniciativa partiu de um dos internos do programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade”, Evandro Sena (nome fictício), que teve seu violão danificado e resolveu confeccionar outro instrumento com suas próprias mãos.


O resultado deu tão certo que o diretor do CDPM 2, Jean Carlo Oliveira, desafiou o detento a confeccionar mais 10 instrumentos. O que foi aceito de pronto. Evandro e outro colega estão sempre fazendo os acompanhamentos musicais nos eventos dentro das unidades, promovidos pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).


“Quando o interno me chamou para ver o violão que ele estava fazendo, eu vi que tinha qualidade e que poderia ajudar nos projetos de ressocialização aqui dentro da unidade. Na verdade, com essa iniciativa teremos mais duas atividades: as oficinas de Confecção de Violões e de Música, que têm um grande interesse por parte dos internos”, revelou Jean Carlo.


Em conjunto com a empresa cogestora Consórcio CGPAM, a Seap disponibilizou um ajudante e os recursos e insumos necessários para os internos trabalharem na arte da luthieria. O interno começou fazendo formas improvisadas com pregos para elaborar os primeiros moldes, e com a prática vem aperfeiçoando seu trabalho.

“Como eu nunca tinha feito um instrumento, fui improvisando, tentando com uma coisa e outra, no primeiro até fiz o buraco do meio da caixa errado, não ficou bem perfeito como esses outros porque fiz com a ferramenta errada. Mas agora, com a prática, estou me aperfeiçoando. Por isso, meu sentimento é de gratidão à Seap por essa oportunidade, e eu fico feliz de saber que vai beneficiar outras pessoas”, ressaltou o reeducando.

Novidade

O curso de Música, que será oferecido aos internos do CDPM 2 a partir da confecção desses instrumentos, será uma novidade na unidade. O diretor Jean Carlo afirma que, em cada pavilhão, deve haver entre 10 e 15 presos interessados em fazer o curso.

Com informações da assessoria

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