‘É preciso agir rápido para evitar catástrofe’, diz Ricardo Nicolau sobre pandemia no interior

O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) voltou a defender na tarde desta terça-feira (2), um conjunto de medidas emergenciais para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no interior do Estado. Em reunião com prefeitos dos municípios na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o parlamentar insistiu que a tomada de ações governamentais precisa ser rápida no sentido de impedir um cenário catastrófico.



“É preciso agir rápido para evitar uma catástrofe”, alertou Ricardo Nicolau, durante sua participação no encontro que discutiu o uso de verbas do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo) para socorrer a saúde pública. Para o deputado, entre as medidas mais urgentes estão a implantação de usinas de oxigênio no interior ao invés de Manaus e a estruturação dos municípios-polo.


“É um erro instalar miniusinas de oxigênio nas unidades da capital, quando elas têm tanques de oxigênio líquido que armazenam 700 vezes mais em comparação com O² em estado gasoso. A produção dessas miniusinas é muito inferior à necessidade de Manaus. Dificilmente, se consegue montar uma usina para suprir a necessidade do hospital 28 de Agosto, por exemplo”, criticou.

Gestor hospitalar na rede privada de saúde, Ricardo Nicolau afirmou que as miniusinas devem ser priorizadas no interior, enquanto Manaus tem de ser abastecida por oxigênio líquido, mais viável de ser transportado por via terrestre. “Uma usina de porte médio produz pouco mais de 20 metros cúbicos de oxigênio por hora. Isso representa menos de três cilindros, do maior tamanho”, explicou.

Polos de saúde

O deputado manifestou preocupação com a dificuldade logística para atender à demanda crescente de oxigênio medicinal no interior amazonense. A maioria dos municípios ainda depende do envio de cilindros de oxigênio gasoso por avião, cuja capacidade de transporte é limitada. Além disso, não há leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) fora da capital.

Melhorar a infraestrutura hospitalar dos municípios considerados polos regionais de saúde é uma saída contra o agravamento da crise, conforme Ricardo Nicolau. “Se o número de pessoas contaminadas pelo coronavírus continuar subindo no interior, entraremos numa situação de caos absoluto. O problema não é só o oxigênio; faltam leitos e medicamentos. Não podemos deixar de agir agora e depois ‘chorar pelo leite derramado’”, disse.

FTI

O remanejamento de parte dos recursos do FTI para fortalecer as ações de enfrentamento da pandemia no interior foi a pauta da reunião. Parlamentares e prefeitos buscam consenso com o Governo estadual acerca do percentual a ser repassado para os municípios, o que deve entrar em votação em plenário ainda nesta semana.

“O combate à Covid-19 está sobrecarregando financeiramente as prefeituras do interior. Por isso, eu defendo um repasse maior de recursos em relação ao que está sendo proposto. O Governo está propondo 10%, mas considero que 30% é mais apropriado. Estamos buscando um entendimento para chegar num denominador comum”, declarou.

Com informações da assessoria

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