Ministério Público do Amazonas abriu, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), quatro procedimentos investigatórios criminais para apurar possíveis atos de corrupção na Prefeitura de Manaus durante a gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Elisabeth Valeiko é alvo de investigação por suspeitas de atuar na retenção e liberação de pagamentos a fornecedores da Semed (Secretaria Municipal de Educação). A ex-primeira-dama também está na mira do inquérito que investiga se houve tráfico de influência e solicitação de vantagem indevida para liberação de pagamento de empresas que prestavam serviços à Manausmed.
O MP também investiga Igor Ferreira Gomes, genro de Elisabeth, por suspeitas de emissão de notas fiscais fraudulentas e contratação de empresas sem licitação.
A abertura dos procedimentos gerou uma reação dura do ex-prefeito contra o procurador-geral de Justiça, Alberto Nascimento Júnior. Sem citar os inquéritos, Arthur disse que estava sendo perseguido por adversários e que o procurador era um “moleque de recado do governador”.
Desde a deflagração da operação, a defesa de Elisabeth, Paola e Igor tenta barrar a investigação, mas sem sucesso. A defesa de Elisabeth Valeiko também entrou com habeas corpus no Tribunal de Justiça do Amazonas (segunda instância) para suspender as investigações. Os advogados afirmam que apresentaram uma série de requerimentos ao juiz responsável pelo processo, mas, passados 11 meses, os pedidos não foram apreciados. Ainda não houve decisão sobre o pedido.





